~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Los Angesles ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

O garoto de cabelos brancos caminhava de seu jeito peculiar de um lado ao outro no laboratório. Se não fossem pelos propés protegendo seus pés, estaria descalço em plena área estéril. Ele nunca suportou as regras estritas e desnecessárias de assepsia daquela área.

Qualquer pessoa que o visse de longe acharia-no um louco ou algum adolescente que havia se perdido em uma excursão escolar. O jaleco branco era pelo menos dois números maior que o seu, porém suas mãos moviam-se com destreza pelos tubos de ensaio, equipamentos e lupas.

- "Trabalho~ Trabalho~ Trabalho~ Recriar~ Armas~ Trabalho~" - Cantarolava ele enquanto segurava pelo menos três tubos de ensaio em uma só mão. Provavelmente um deles desnecessariamente alí.

Dr. Morgan estava tão compenetrado no seu trabalho quanto Menphis, seu auxiliar, mas não podia deixar de notar o andar louco do garoto pelo laboratório. Dr. Morgan era o atual encarregado da unidade de Los Angeles e estava encarregado da tarefa de recriar o DNA de Z-17.

O projeto estava praticamente na estaca 0, o que deixava o cientista realmente enfurecido. E o garoto ao seu lado andando sem parar não ajudava em nada.

Dr. Morgan - Senhor Suzuya, creio que furar o chão do laboratório não nos fará descobrir milagrosamente a ordem de cromossomos da experimento Z-17. Por favor, deixe os tubos de ensaio em cima da mesa e vamos mais uma vez analisar a cadeia que temos até agora.

O cientista era sempre frio e seco em relação aos seus colegas. O que lhe dava um ar de ditador.

O garoto parava em frente ao seu superior e batia uma continência, deixando a manga branca do seu jaleco quase cobrir seu rosto.

- Sim, senhor!

Menphis ia guardar os tubos de ensaio, mas olhava para o Dr Morgan enquanto deixava sua mente solta aos seus pensamentos durante alguns segundos: "Ele é inteligente... deve ter um cérebro delicioso... mas ele não é um experimento... Não teria graça fazer um colar com um dos seus giros... ou será que teria?".

- "O que precisa que eu faça agora, senhor?" - Falava Suzuya já mais próximo do Doutor, exibindo um semblante de educado interesse.

-- Precisamos reconstruir a cadeia de cromossomos. A Z-17 foi uma combinação perfeita de cromossomos modificados e apenas uma pequena porcentagem de normais.

O Dr. falava olhando a tela a sua frente e apontando para Menphis.

--Infelizmente...ela também foi esperta o bastante para apagar qualquer banco de dados sobre sua criação, o que nos deixou apenas anotações antigas do nosso querido fundador Mr. Stan. Precisamos então recriar a obra dele, pensar como ele pensou, para tentar chegar ao resultado obtido por ele.

O dr olhava para a tela a sua frente como se estivesse vendo o mais precioso diamante do mundo.

Menphis não se interessava muito nessa parte do seu serviço. Ele gostava de abrir corpos, às vezes com pouca anestesia e entender como os poderes dos experimentos funcionavam. Ele passou os dedos pelo seu artefato mais precioso atual, uma pulseira feita da espinha dorsal de um dos experimentos que ele próprio dissecou *suspiro* Como aquela tarde foi interessante...

- Vou preparar a centrifuga então, doutor..

E o garoto saiu dando pequenos saltos pelo laboratório, enquanto preparava o equipamento imaginou como seria conseguir extrair o poder deste DNA que estavam tentando replicar. Seus pensamentos se perderam novamente nas possibilidades sádicas que isso ocasionaria.

Assim que Menphis terminou de preparar o equipamento e o Dr começaram uma série de testes comparativos tentando chegar a cadeia que estava anotada no caderno de Stan.

Menphis observava o DNA a sua frente e se fascinava ainda mais com o potencial da experimento.

-- Suzuya, creio que estamos começando a entrar no caminho. Preciso que vocÊ vá até o banco de amostras, no andar -5 e me traga as amostras 78, 34, 57 e 27 da geração G da primeira leva de experimentos.

Os olhos do garoto brilharam, aquela sala com certeza seria um parque de diversões para si. Todas as amostras de experimentos criados até hoje pela Stan, reunidos em um único lugar.

Lá esteva ele, em frente da porta mais bem guardada de toda a Stan Corporation. A Sala de Amostras, localizada no quinto andar subterrâneo da sede da corporação em Los Angles.

Sua mão tremia de ansiedade mas precisava se acalmar. Não poderia demorar ou Dr. Morgan desconfiaria, precisava entrar, pegar as amostras e voltar.